O FENÔMENO EL NIÑO E SEU IMPACTO NA DENGUE
El Niño, un fenómeno climático natural que tiene una recurrencia de entre 2 y 7 años, impacta en Argentina y en toda la región.
El Niño, un fenómeno climático natural que tiene una recurrencia de entre 2 y 7 años, impacta en Argentina y en toda la región.
18 de Outubro de 2023
O FENÔMENO EL NIÑO E SEU IMPACTO NA DENGUE
O Instituto Nacional de Meteorologia da Argentina anunciou a chegada de El Niño. Ele é um fenômeno complexo que a meteorologia chama de El Niño-Oscilação Sul (ENOS) e pode produzir aumento na quantidade de chuvas e tempestades em algumas áreas do sul da América do Sul.
Trata-se de um fenômeno climático natural que tem uma periodicidade de entre 2 e 7 anos. Seu impacto no clima é de escala global e varia conforme a região do planeta e a época do ano em que ocorre. Quanto ao trimestre setembro-outubro-novembro de 2023, as previsões indicam que há 99% de probabilidade de persistência das condições de El Niño.
El Niño na Argentina
Em geral, sob a influência do El Niño, a frequência e a intensidade das chuvas tendem a aumentar em grande parte do Centro-Leste e Norte da Argentina, especialmente nas províncias de Misiones, Corrientes e norte de Santa Fé.
Essas províncias têm maior relação com o fenómeno de El Niño, provocando épocas com maior risco de inundações, enchentes, tempestades intensas, entre outros impactos.
Também é importante ressaltar que por conta do El Niño a primavera tende a ser mais chuvosa na província de Buenos Aires, sul do litoral e noroeste da Patagônia.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou um documento alertando que o fenômeno climático global El Niño terá efeitos na saúde dos latino-americanos. Especificamente, ele poderia intensificar a desnutrição e os casos de dengue, Zika e Chikungunya.
Através do documento, chamado Análise de Situação de Saúde Pública, a OMS identifica os impactos atuais e potenciais na saúde que as populações vulneráveis podem enfrentar como consequência do clima.
Acredita-se que a precipitação prevista, abaixo do normal, juntamente com a probabilidade de temperaturas mais elevadas, contribuam para intensificar as condições de seca.
Por sua vez, “há um maior risco potencial de dengue e outros arbovírus, como chikungunya e zika entre julho e setembro, já que as condições de seca podem aumentar os criadouros do mosquito Aedes devido ao maior acúmulo de água próximo das residências e porque as temperaturas mais altas reduzem o período de incubação extrínseco do vírus.”
Tal como refere o comunicado, El Niño e La Niña duram normalmente entre nove e doze meses, e por enquanto a maioria dos modelos sugere que o El Niño persistirá pelo menos até finais de 2023.
O impacto que o El Niño pode ter também preocupa a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), que numa reunião virtual incentivou o setor da saúde a se preparar para melhor responder ao impacto que o El Niño poderia chegar a ter.
“O fenômeno de El Niño e a temporada de furacões são um chamado para rever onde estamos como setor de saúde, quais são os possíveis cenários quanto ao risco de chuvas intensas e furacões, e planejar as medidas a serem tomadas”, considerou Leonardo Hernández, chefe do Centro de Operações de Emergência da OPAS.
Durante a reunião, as autoridades foram instadas a atualizar e rever os planos de contingência hospitalar e a rede de serviços de saúde, evacuar os centros de saúde que possam sofrer danos estruturais, garantir a compra e localização estratégica de suprimentos médicos essenciais, redistribuir o pessoal de saúde para enfrentar um aumento repentino da demanda por atendimento, bem como elaborar materiais de divulgação para prevenção de riscos à saúde da população.
Chau Mosquito